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Nome científico: Caretta caretta  (Linnaeus, 1758)    Estado: Aceite

Nomes comuns
Madeira: Tartaruga-boba, tartaruga-comun
Açores: Tartaruga-boba, tartaruga-comun
Canárias: Tortuga boba
Portugal Continental: Tartaruga-boba, tartaruga-comun


Sinonímia
Testudo caretta, Linnaeus, 1758


Hierarquia taxonómica:
Reino > Filo > Classe > Ordem > Família > Género

Animalia > Chordata > Reptilia > Testudines > Cheloniidae > Caretta





 

 

Descrição da espécie
Estatuto de conservação na Madeira: EN *
Habitat: Pelágico
Comestível: Não
Perigosidade: Não
 
Venenosa: Não
Categoria funcional: Carnívoro, predador
Sazonalidade: Anual, mas com maior frequência no Verão
Abundância: Comum
Frequência: Frequente
Ameaças: Pesca (captura acidental em artes de pesca ex. palangre), destruição de habitats de nidificação, poluição, tráfego marítimo. Na Madeira a caça à espécie e o consumo da sua carne cessou quase por completo em meados da década de 80 do séc. XX.

Distribuição
Batimétrica (m): 0-250
No arquipélago: Zona Económica Exclusiva da Madeira
Geral: A tartaruga-comum tem uma distribuição global ampla em águas tropicais e subtropicais, sendo a espécie da família Cheloniidae que pode ser encontrada em águas mais temperadas. As principais áreas de alimentação dos adultos situam-se no Atlântico em frente às costas dos EUA, do Brasil, de Marrocos, Mauritânia, Senegal, Angola e da Namíbia.Os juvenis passam por uma fase pelágica obrigatória e permanecem no Atlântico Norte, em alto mar, durante 6-9 anos. As áreas de vida pelágica são, em geral, distantes das áreas neríticas onde vivem os adultos e as mais conhecidas estão no Atlântico Norte, entre os Great Banks, a leste do Canadá, passando pelos Açores, Madeira e Canárias até à costa da Mauritânia, e incluem ainda o Mediterrâneo Oeste, a área à volta da Sicília, no Mediterrâneo Oriental e o Oceano Pacífico Central, à volta do Arquipélago do Hawai.

Leis de proteção: Legislação RAM: Decreto Legislativo Regional n° 1 8 / 8 5 / M, Portaria Regional 97/2013; Legislação Nacional e internacional: Lei de Bases do Ambiente (Lei n° l l / 8 7 , alterada pela Lei n°13/2002), Convenção CITES, Convenção de Bona, Convenção de Berna, Directiva Habitats, pelo Decreto-Lei n° 4 9 / 2 0 0 5, Anexo B-IV

Descrição geral: Descrição geral: Em vista dorsal, os adultos têm carapaça cordada, sendo largura de 76 a 86 % do seu comprimen to .Nos juvenis, a largura é geralmente de 82 a 94 % do comprimento. Esta espécie tem uma cabeça comparativamente grande, o que determinou o nome inglês de "loggerhead turtle " , e tem dois pares de escamas pré-frontais, assim como um bico córneo muito forte. A carapaça é geralmente coberta por 15 escudos: cinco dorsais e duas fiadas de cinco costais, raramente quatro ou seis, estando os escudos dorsais anteriores em contacto com o escudo pré-central. O Plastrão apresenta três escudos inframarginais em cada ponte, sem poros. Nos bordos anteriores de cada barbatana tem duas unhas. Só pode ser confundida com a tartaruga-de-Kemp, da qual se distingue, essencialmente, pela falta dos poros inframarginais nas pontes do plastrão. Os juvenis conservam três quilhas longitudinais na carapaça e duas no plastrão, que desaparecem com a idade. A quilha dorsal central pode incluir pontas bastante proeminentes e afiadas

Material em coleccções
Instituição: MMF
Material tipo: Não
Outro material: Uma carapaça e dois espécimes empalhados em exposição

* EX - Extinta; EW - Extinta na natureza; CR - Em perigo crítico; EN - Em perigo; VU - Vulnerável; NT - Não ameaçada; LC - Pouco preocupante; DD - Informação insuficiente; NE - Não avaliada



Referências bibliográficas
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